Anorexígenos Fora do Mercado

04/12/2011 21:39

 

A venda e comercialização dos medicamentos a base de anfepramonafemproporex e mazindolestão proibidas a partir do dia 10 de dezembro, conforme resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão foi tomada no dia 4 de outubro durante reunião da Diretoria Colegiada da Agência.

Na mesma data, ficou decidida a manutenção da sibutramina, porém, sendo vendida com maior rigor em sua prescrição. Segundo as novas normas, os profissionais de saúde, empresas detentoras de registro e farmácias e drogarias são obrigados a notificarem o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária sobre casos de efeitos adversos relacionados ao uso de medicamentos que contém a substância.

De acordo com a Agência, no momento da prescrição, os profissionais de saúde e pacientes deverão assinar um termo de responsabilidade. No termo estão os casos em que o uso desse medicamento é contraindicado e os riscos aos quais os pacientes que utilizarão medicamentos a base de sibutramina estarão submetidos. O de responsabilidade será preenchido em três vias. Uma via ficará arquivada no prontuário do paciente, uma via será arquivada na farmácia ou drogaria dispensadora  e a outra ficará mantida com o paciente.

A Anvisa informou ainda que empresas que possuem registro de medicamentos à base de sibutramina terão até o dia 10 de dezembro para encaminharem à Anvisa um plano de farmacovigilância  para minimização de riscos  de uso do medicamento. Com base nesse plano, a Anvisa reavaliará, em 12 meses, a segurança de uso dos medicamentos a base de sibutramina.

De acordo com o presidente da Comissão de Comunicação Social da SBEM, Dr. Ricardo Meirelles,a Sociedade  é a proibição dos anorexígenos. "Não existe qualquer evidência científica que justifique o cancelamento. Nos Estados Unidos, medicamentos semelhantes continuam no mercado, inclusive a anfepramona, que lá é chamada de dietilpropiona", afirma.Em relação à sibutramina, Dr. Ricardo afirma que o a exigência de assinatura de um termo de responsabilidade, por parte do paciente, é completamente descabida. "No modelo elaborado pela Anvisa constam informações sem qualquer respaldo na literatura médica disponível, nem na experiência dos maiores especialistas brasileiros no tratamento da obesidade", completa.

 

Retirado do site da SBEM - 04/12/2011